passo a passo

Para o paço da liberdade,
em vão vão os passos
ou talvez não.

Gosto muito deste teu.

A primeira estrofe coloca-nos a questão se os passos não serão em vão. Embora, para chegar a algum lado eles sejam inevitáveis. Longe.
Os dois primeiros versos são um jogo de palavras muito bem conseguido.
Uma vez escrevi um curto a que chamei de
"vão"

Para o poema vão
as palavras vãs.

Lembraste-mo, ainda não publiquei.

Na segunda fazes uma advertência. Andar à roda é uma perda de passos. Quanto ao acelerar é discutível. Devagar e bem, apetece-me... Embora em abono da verdade a idade (acumulação de muitos passos) ensina-nos a gerir o esforço. A ir mais rápido só se for preciso.

"...o caminho,
com passos se faz
a cada um, um passo jaz..."

Para além do mérito da rima, a ideia da passagem dos momentos que também jazem, uns atrás dos outros. Forte.

Por vezes temos de dar um passo atrás para dar dois em frente, seja em que direcção for.

Muito à frente o teu poema.

...os passos que se dão sem saudade são os da liberdade,
outros para pensar, julgar e quantas vezes, sorrir! Apreciei muito
e aceite os meus beijinhos Vó

Passei passo a passo contigo nestes saborosos versos. Obrigado pela partilha, querida. Beijos!

Opus magnum

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"Tão cedo passa tudo quanto passa"
E a poetisa dá-nos o braço para a acompanharmos no seu caminho de hesitações e conquistas.