Poemas -> Minimalistas : 

Siamesas

 
Nefasto lobo nas alturas de uma folha de papel
Inútil patrocinador de tantas palavras inúteis
Arde porco! Em pelo com teus olhos voltados para o céu
Porem acredite, é no inferno que da tua face cai o véu
Em quais desejos profere teu escarnio purulento
Oh! Verme rastejante e prolixo, tu proliferas no lixo
Tiras tua coroa de lata que necessita de polimento
Abaixa tua cabeça de vento, a humanidade deveria ser inata
Uiva na noite, pois a lua já desponta no horizonte
São teus os dejetos que flutuam na latrina
Mastigue-os, com tua boca ruminante bovina
Nesta senzala flutuante que não é uma caravela
Tu vomitas e o fazes com efeito deletério
Preso nesta cova que desova neste frio cemitério
Restos deste entojo vergonhoso e vazio
Palavras que os ventos levam pelos ares do Brasil
Nada mais possuis, eu sei e é bem verdade
Nem mesmo a dor de nunca ter sido parido
Tua boca desdentada que engole o grito
Por teu pretenso excesso de liberdade
Almas siamesas que se engalfinham por toda a eternidade.
KKKKLoram

 
Autor
Kai
Autor
 
Texto
Data
Leituras
579
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.