o tempo não vai perdoar
a mudez do coração
que abala teu peito
nos dias de enternecimento
onde os sentimentos do avesso
seguem em contramão
poucos sabem como és
crente na bondade humana
geradora das emoções espelhadas
és dona dessas gigantescas assas
empoeiradas
trancadas na saudade
mesmo assim serás capaz
de proteger as asas de tantos nós
dos salpicos das estações
aljofarar nossos corações
com a beleza das tuas penas …
o que esperas…
para baloiçar ferrolho da porta
e caminhares
sem pedires permissão á solidão?
há tanto de ti para somar ternura
vem ...
a doçura do silêncio só se constrói a dois …
vem ...
meus braços não sabem voar sem os teus
vem …