Ainda te recordas de quando achávamos que ruas eram nossas,
quando nos encontrávamos apenas por encontrar,
Dos passos leves
Dos olhares incrédulos
Disfarçados a se t(r)ocar.
Ainda me recordo
Do laço que prendia ao meu cabelo.
Das tuas mãos enroladas
Soltas para me desenrolar.
Rola jovem e louca por ti a cantar.
A tua língua leve de rolling stone
Depois de uma dança em troca de pés
Que nos fez gargalhar
Ainda guardo o teu sorriso áureo suspenso
Por fiapos brilhantes de doidices,
Na saia a frase decorada
Pela tua boca
Quando me querias beijar.
Não guardo pedras
Nem jóias,
Nem ciúmes,
Nem rancores.
Mesmo que até regue
as saudades,
Reclame as verdades
Só um tempo novo nos vai poder chegar.
Nada aqui é nosso
Nem o que semeares.
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