Rodopiante solidão que não esperas
Pela luz amiga da alvorada
Vertiginoso arrepio das esferas
Singular desvio da estrada
Os desígnios do mundo acolheram
Seres já escolhidos pela mão
Em tarefas vãs que se perderam
Entre eras moldadas de expressão
Tem o mundo mais palpites e atributos
Que as escolhas que a natureza faz
Tem baixezas e salvos-condutos
Serventia pra coisas boas e más
Há-de o futuro relembrar
O dia e a hora que aqui fica
Será da história este altar
Que desinteressada poesia glorifica