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Crónica do Espalhafato Permanente

 
CRÓNICA DO ESPALHAFATO PERMANENTE

Naqueles tempos, os hienas amarelados, combinaram entre si uma campanha de opressão. Gozavam grandes vacances, oferecidas a título de soldo, pelos diretores da companhia, a premiar os triunfos obtidos em serviços anteriores.
O exercício de influência e conquista, através do unto das mãos dos participantes, produziram os seus frutos e tornaram-se conhecidos, por isso era urgente, calcorrear o caminho da novidade e aproveitar, o seu desconhecimento, por parte do alvo recetor.
Os hienas amarelados sentiam-se do melhor, dentro do pântano da mentira, bafejados pelo hálito da malícia maldizente, era o charco eleito com o objetivo da chafurdice.
Tinham adquirido, com as torpes manobras, o apoio da plateia de incautos, previamente prenhes pelos ouvidos. Conseguiram desenvolver o comércio dos seus superiores, e a sacanagem que faziam no terreno, era considerada exemplar, entre os meliantes, comparsas no sector da espionagem caseira.
O número de intervenientes em tão ruim causa, aumentou com a aderência de senhores feudais, com suas hordas de bobos e trapaceiros.
Isso, exigiu uma organização meticulosa, das forças no terreno, e os hienas amarelados, ficaram reduzidos a peões de brega, no novo organograma.
Na província, a camada social onde se movimentava, esta guerra de asco e sacanice, era propícia dentro das suas características, a que se desenvolvesse com várias explosões, enlaçadas em cadeia, em circundamento fechado.
Talvez o alvo recetor, já se encontrasse danificado demais, não auspicioso aos interesses dos agressores.
Ameaçadas as receitas dadas como certas, a qualidade de vida dos detratores, estaria em causa, se não tomassem as medidas necessárias, para continuarem a lucrar.
O alvo perseguido, viu-se obrigado a se fazer de “morto”, algumas vezes, conservando desse modo, um resto de forças. indispensáveis à sua legitima defesa.
A fim de se proteger dos bombardeamentos psíquicos, alugou um subterrâneo, e admitiu ao seu serviço, um perito de bisturi, especialista na arte de dissecar sujidade moral.
Colocou as peças do seu “exército” em zonas essenciais, e invisíveis à turba atacante. Cavou trincheiras no campo da honestidade. Entretanto, a aspereza dos ataques aumentava, borrando o seu nome, evoluindo vertiginosamente ao corte de meios de sustento, eliminação física, ou golpeamento que originasse deficiência grave.
A impunidade com que praticavam as más intenções, encorajava-os a prosseguir com intrepidez.
Leu o ser humano flagelado, abrindo a Bíblia ao acaso, os seguintes versículos:


«¹² Davi levou a sério aquelas palavras e ficou com muito medo de Aquis, rei de Gate.
¹³ por isso, na presença deles ele fingiu estar louco ...»

Sensatamente aconselhado por alguns amigos, fez o mesmo amiúde, com a finalidade de ganhar tempo, e ricochetear a maioria dos petardos proferidos. No entanto a insídia ramificava-se, conforme as mudanças de circunstância e contexto, que iam aparecendo, pelo que se começou a desconfiar, que os interesses envolvidos, ultrapassariam a fronteira do “racional”.



















 
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ajsn
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