Luso-Poemas
Poemas : 

Naquele dia

 
 
Tentei apagar os versos
Dos meus cabelos,
Os sorrisos ternos
De quem
Tentou acreditar.
Hesitei, porque
Todos os meus passos
Iam supostamente certos,
Até às omissões
Que por coincidência
Me alertavam. Procurei-te por entre a distância, certa em respeito ao sol e ao sonho.

Acreditando não me enganar.

Ainda te recordas daquele livro de atas que juntos observamos à cabeceira da cama,
Das interrogações de um pássaro em monólogo, não soubesse eu já, de toda uma nova
afinidade.

Fossem todos os caminhos as asas livres
De um novo caminho
A se poder traçar,

Para eu ainda em ti poder ficar.


 
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Abissal
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Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
gillesdeferre
Publicado: 16/11/2024 18:37  Atualizado: 16/11/2024 18:37
Da casa!
Usuário desde: 14/06/2024
Localidade:
Mensagens: 391
 Re: Naquele dia
Olá
Tão lindo.

Tanta melancolia nos versos que não apagou dos cabelos.

Tudo de bom
Gillesdeferre

Enviado por Tópico
AlexandreCosta
Publicado: 16/11/2024 20:35  Atualizado: 16/11/2024 20:35
Colaborador
Usuário desde: 06/05/2024
Localidade: Braga
Mensagens: 727
 Re: Naquele dia
Nada como pentear, colocar a roupa mais suave, calçar um bom apoio e caminhar um sol ameno até que os raios doirem o cabelo e a pele aqueça de novo :)

Gostei muito do poema

Enviado por Tópico
antóniobotelho
Publicado: 17/11/2024 08:49  Atualizado: 17/11/2024 08:49
Da casa!
Usuário desde: 13/04/2010
Localidade: Viseu
Mensagens: 492
 Re: Naquele dia
Olá Abissal,

Por vezes a pessoa que mais amamos deixa-se resvalar por uma "nova afinidade" e não há nada que possamos ou devamos fazer.

Gostei da leitura.

Continuação de boas escritas e um abraço.

António Botelho

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