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Afogo a dor involuntária
trocando lágrimas por um trago
do teu whisky preferido...
sabor enriquecido pelas datas
-épocas dos nossos elos doirados!
brilhos, reflexos multicor em nossas mãos
- juradas e assinadas, cumpridas!
nos apelidos trocados, permutados
dias que são de nós, paternidade!
ó terna e doce imagem
que és corpo musical, real!
e
adormeço nos teus braços,
ó meu destino! tentando compreender
onde queres me levar
assim de mãos tão apertadas
com este andar
ora lento, ora apressado
o que há nesse teu relógio
de cordas tão descompassadas?
por que é que o teu ponteiro
sempre busca uma razão?
se és dono do tempo
- meu e teu -
por que esse medo,
por que esse tic-tac tão ateu?
és menino e Imperador
és atemporal
e também jaz no tempo...
E não há número mais poético
nem livro mais virgem
do que …
o teu dia questionando
o eu … de teu:
- quem és afinal?
nessa hora...
todas as horas???
(um pássaro de mil e uma luzes
em milhares de movimentos harmoniosos
difundindo holografias
no aroma matrimonial das doze noites…)
(
abrindo
fechando
)
o símbolo
(?)
Sommerville, 07092014,20:25.