Poemas : 

Lampejo

 
na poça que a sombria calçada desfeia
o seu reflexo contorce-se transfigurado
no tom baço que um verde esmalte alardeia
naquele charco por tantos outros pisado

aquela tremulação pouco a pouco refreia
muito em breve tudo estará apaziguado
o vulto taciturno ali passado pouco bruxuleia
na água confusa o que passou está olvidado.

 
Autor
Paulo-Galvão
 
Texto
Data
Leituras
95
Favoritos
2
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
27 pontos
5
3
2
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
AlexandreCosta
Publicado: 21/04/2025 21:40  Atualizado: 21/04/2025 21:40
Colaborador
Usuário desde: 06/05/2024
Localidade: Braga
Mensagens: 727
 Re: Lampejo
É um choro, mas o choro liberta...
tal como a escrita :)

um abraço, Paulo


Enviado por Tópico
rosafogo
Publicado: 22/04/2025 14:57  Atualizado: 22/04/2025 14:57
Usuário desde: 28/07/2009
Localidade:
Mensagens: 11009
 Re: Lampejo
Tudo passa e tudo fica em acalmia, só o tempo da velhice, vem e fica, é o curso das coisas, tal como são.

Um abraço

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 23/04/2025 04:32  Atualizado: 23/04/2025 04:32
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 19078
Online!
 Re: Lampejo
Tão fácil mentir e sorrir verdades. Mas tenho absoluta certeza que a caneta indaga azuis. Bjs

Enviado por Tópico
Beatrix
Publicado: 25/04/2025 06:39  Atualizado: 25/04/2025 06:39
Colaborador
Usuário desde: 23/05/2024
Localidade:
Mensagens: 606
 Re: Lampejo / Paulo-Galvão
.

Olá, Paulo.

O teu poema fez-me lembrar Narciso, e Dorian Gray de Oscar Wilde.

Ab
Beatrix