Teus sorrisos me despem mais
Do que qualquer carícia.
E eu, bobo, me deixo levar
Como se teus olhos fossem um lençol
E teu nome,
Um feitiço que só funciona à meia-noite.
Ainda sinto teus dedos
Entre as páginas do meu corpo.
Leste-me sem pressa,
Como quem sabe que certas histórias
Só se entendem com a pele.
Tua ausência é fogo lento.
Me acostumei a queimar devagar,
Como quem segura o ar
Só para lembrar do gosto da tua respiração.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense