O vento pergunta nas esquinas,... cadê ela?
as folhas secas sussurram de volta,
está bebendo vinho do Porto sorridente.
O rio carrega memórias no leito,
Se a correnteza sabe o caminho,
por que não voltaria a ser fonte?
A noite abre sua gaveta de estrelas,
e eu, lunática, conto os fragmentos,
por que retardaria meu sutil regresso?
O mar escreve cartas na areia,
o tempo as apaga, devagar,
Se a maré sempre volta ao molhe,
por que eu, teu porto, não voltaria?
Há tantas borboletas a desejar o mel,
de cá, me fico a admiralas, em suas orgias.
Findo a buscar na noite, a lua, que consola-me,
durmo ouvindo teus "Uis e Ais!