Mesmo que tu não me aceites,
sabes, sem mim não vives.
Sou teu reflexo secreto,
sou a raiz que te nutre.
És fragmento da minha alma,
folha que o vento conduz.
Segues as margens do passo
onde me guia a luz.
Por entre cânticos brandos
floresce o lírio gentil;
na paz que um dia senti
te ofereço um rio azul.
Nos verdes vales me segues,
onde o silêncio é jardim;
lá se entrelaçam caminhos
e o teu destino ao meu fim.