[Ao meu ver]
Um sorriso, muita coisa a dizer
Frágeis sonhos infantis a perecer
Feridas do guerreiro, olhar do leão
Estremecer tamanho, quem pode conter?
Ponta do tinteiro
Rabisque agora versos lacrimejantes
Insuportáveis aos errantes
Inflame o delírio dos amantes.
Tolos pensamentos
Tão longe do real,
Perto das fantasias
Ternura esquecida não resistiria.
Mar em fúria,
Mundo em ebulição
Poetas escolhidos pela mãe poesia
Como dizer não a força do coração?
Ao meu ver, não há razões
A serem procuradas
Para as mudanças das estações
Construir esperanças atraz das farças dos canalhas.
Gargalhadas infinitas
Ecoando no túnel mental dos parasitas
Simplicidade singela, felicidade decorrente
Da criança que sorri docemente.