Daqui te digo, oh indigna sensação,
Maldita sejas, tu, entre os sentidos!
Vieste em ceptro; qual cruz nos meus ouvidos;
Soprar enganos, rumos d'ilusão...
Daqui te expurgo e quedo os pés no chão!
Vai-te ao limbo, lugar de empedernidos
E mais, não voltes, nos teus reles ruídos,
com logro à fome deste coração!
P'lo brio que tanto prezo, doravante,
Senhor de mim serei, do meu sextante
A traçar rota, sem dor's de naufrágio!
E mesmo, se da sorte, mais adiante,
Não der a um cais d'amor e doce amante,
O dolo será meu! Só... meu sufrágio!