Poemas : 

Sismos na pele

 



Às vezes
não é o caminho que se mostra

é o corpo que aprende a caminhar
às cegas
como quem escuta sismos na pele.


Tudo em volta é neblina
mas há um pulso
discreto
firme
que nos guia
sem exigir mapa.

O coração murmura
no compasso das falésias interiores
na inclinação dos dias sem nome.

É aí que o rumo certo nasce
sem nítido horizonte

mas no ponto onde o caos desacelera
e se deixa tocar.

A lucidez chega de mansinho
como quem pousa uma vela na água

e espera
que a corrente saiba o resto do trajeto.





 
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idália
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