Cá vamos nós,
Acompanhados pelas estrelas,
Que caminham a nosso lado,
Por esta noite adentro,
Ao que parece,
Sem fim à vista…
Andamos pela cidade,
Ainda vestida de gente,
Gente por todos os lados,
Gente aparentemente com destino,
Como nós…
Sei lá…
Se até tínhamos,
O mesmo destino.
Andamos…
Até que chegamos,
A uma pequena casa,
Onde os corpos se roçavam,
Para chegar ao destino.
Uma casa tão pequena,
Mas tão cheia,
De emoções à flor da pele,
Onde a música,
Casa com a poesia.
A harmonia foi tão perfeita,
Que não se consegue destrinçar,
Onde começou uma,
E terminou a outra.
São sons de Cabo Verde,
Silêncios e sussurros do Irão,
E poesia por mim,
Quase cantada,
Acompanhada por um marinheiro à guitarra,
E uma sereia,
que ele pescou em alto mar,
E que agora nos acompanha,
Com a sua melodia vinda da alma.
Depois…
Depois apenas vi,
Ambas entrelaçadas como se fossem dedos,
E em sussurros fugirem de braço dado,
Para o escuro da noite,
Para dançarem até de madrugada.
Bem sei que amanhã,
Estarão de volta.
Diogo Cosmo ∞
Na noite de Lisboa “Tejo Bar”
07-10-2025
DIOGO Cosmo ♾