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Barcos parcos

 
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os meus olhos são parcos
barcos de parquear ao perto
mas nasce-lhes um telescópio
ópio sem nome de onde vem
e quer-se de ver tudo entre fumo
prumo de canudo desconcertante em senso
propenso a dispersar-me onde
tudo se dissolve sem que descrença me invada
nada se move que não já movido
nada para que não já parado
miserável o corpo no suspiro da freima
teima ainda assim umas asas que não vê
porquê, se à morte as custará?


29-0-10-2025


 
Autor
AlexandreCosta
 
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Enviado por Tópico
Aline Lima
Publicado: 30/10/2025 00:32  Atualizado: 30/10/2025 00:32
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 Re: Barcos parcos p/ AlexandreCosta
Olá, Alexandre.
Esses “barcos parcos” que teimam em ver além do fumo têm algo de muito humano. A última pergunta fica ali, suspensa, como se olhar demais também tivesse um preço.
Abraço :)