Poemas -> Introspecção : 

Cinquenta e dois anos de caminhos

 

Cinquenta e dois sóis já nasceram em mim,
Cada um acendendo memórias no corpo,
E deixando em minhas mãos
O mapa daquilo que fui.
Sou grato pelas sombras,
Pois nelas aprendi a ver a luz.

A vida me ensinou que o tempo não leva,
Ele transforma.
Tudo o que amei ainda vive em mim,
De outro modo, de outra cor,
Como o ouro discreto das folhas no outono.
E sigo, esperançoso,
Para o tempo que me aguarda com flores novas.

Há uma doçura em chegar até aqui:
Ver que o ontem foi escola,
O hoje é milagre,
E o amanhã — promessa aberta no horizonte.
Sou grato ao que ficou,
E confio no que virá.

Cinquenta e dois anos de caminhos,
De silêncios e vozes,
De perdas que me tornaram mais inteiro.
Hoje agradeço ao que fui,
E saúdo o que ainda posso ser.

Não conto mais o tempo em dias,
Mas em amanheceres de coragem.
A vida não é o que passou,
É o que ainda pulsa,
E eu sigo, com gratidão e esperança,
Escrevendo o resto da minha eternidade.

Poema: Odair José, Poeta CacerenseOpen in new window

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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Autor
Odairjsilva
 
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