Meu coração
já não se cala na sua fome:
morde, mastiga, tritura.
Devora-me inteiro...
Agora sou só uma voz e pulsação,
subsisto dentro dele.
Já não bate,
vai (vou) como bola,
sigo por onde pulula
Ele não para, desanda.
Como disse Alceu Valença
Sou agora só coração:
"Coração bobo bola coração balão coração São João"
Apara-me,
logo, my love.
Abra-me teus braços
Assente-me em teu corpo de curvas,
em tua pele de lã de luva
Eu sei,
esse ritmo maluco.
Intenso
Sou eu inteiro
E já não penso, salto por aí.
Sou balão no ar em alvoroço e tesão
Sei,
isso só se acalmará
nas tuas mãos
no teu carinho
no teu bom
Vocé me dará o tom certo
colocando-me perto,
sei...
Meus escritossão verdades inventadas, fatos adulterados, fingimentos diversos; tentativas de pintar um quadro, fazer um canção, escrever um livro.
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