A noite vem calma...
Porque és assim, em mim,
Tão bela, triste, de marfim?!
Eu sou, talvez, um sonho que morreu
Por tantos sonhos que em mim se amontuaram
E nenhum se realizou.
O destino vem cantando
De passo lento transmitindo:
..........................
Ponham as mãos nos meus olhos...
Querem enchuga-las?
Deixem lá...
Irei por um atalho qualquer.
As sombras deste trilho
De dissabores e desilusão
São noites que já não durmo.
É com a sua delicadeza
Turbulenta e estagnada
Diz que já não sou nada.
Incomoda-me a mágoa de ter consciência
De tudo o que me rodeia...
Meu companheiro diz-me que não é nada
Tudo passa de um sonho...
Sua amante louca
Diz que sua mente é pouca.
Inutilmente vivida esta existência
Que toda a gente me contraria
Dizendo que ela é vida...
Que faço?
Estou farto, mesmo farto!
Tudo em meu redor desaba...
Sinto tudo, todos em mim
E todos não veem a chegar o meu fim.
Será melhor assim, será melhor...
Mesmo os Deuses que tanto venero
Um mundo não me deram
Para meu mundo se unir...
Que dessa fusão
Seria um mundo de amor.
Que faço aqui?

 
Autor
bocaj
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Enviado por Tópico
Angela
Publicado: 28/02/2007 16:40  Atualizado: 28/02/2007 16:40
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Localidade: Caldas da Rainha
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 Re: ...!?
Gostei da intensidade do teu poema.Revela-nos a revolta de alguém que está desiludido com a vida, que não a suporta mais e que deseja fugir dela. E no entanto, bastaria o amor para mudar tudo.

Beijinho.