Acrósticos : 

TLP

 
Escrever um tratado de paixões da alma. Trocar-lhe o nome. Pintar-lhe um quadro. Segredar as costuras de um livro, da capa à contra-capa. Puxar a linha, o fio. Correr atr´s de um favo de mel.
Por segundos, flashs de um outro lugar impunham a sua vez. Era ver-te mergulhar em minhas mãos de areia fina. Reconstruir no teu corpo o mar, quando já só as gaivotas nos espiavam. Segredar, então, ao sol as utupias que chegam com o cair da tarde.
Partir. A aventura de chegar ao fim de um principio e continuar sorrindo. Ver, de quando em vez, o galgar de campos e florestas de meninos de bibe verde em montras de escola. Do outro lado da rua o cheiro quente a pão, vingava-se da preguiça que em mim habitava. Médico frustado. Trinta e cinco anos de cálida existência.
Correr atrá de um favo de mel!
Labaredas de um outro sol!
Afluentes de avenidas que desembocam no desencanto!
Perder o fim de mim!
Escrever um tratado dos protestos da alma!

O idiota retirou-se por detrás do biombo. As vestes caíram sem vida. O cenário esvaía sem sentido. Lá fora as àrvores despiam-se de tudo e todos. Do outro lado, do lado de fora, tocaram à campaínha:
- "TLP! Vinhamos trocar a sua Lista". Disseram.

 
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baril
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