Eu quero aprender a criar
E criando, poder participar...
Fosse eu, para tal eleito !
Mas nada, sei bem saber,
Pouco, bem sei, escrever
E tudo, faço sem jeito.
( Fado meu, vadio a preceito.)
Sou de origem, mal feito
Tenho todos e mais um defeito,
Desponto p’ró lado da escuridão !
Mas não me importo, não faz mal
Quero-me assim, tal e qual
Dono deste inteiro coração.
( Virgem da primeira aspiração )
E agora ,
Em simples linhas...
Tão pouco
O que queria .
Queria colorir ,
Com palavras minhas
Todas as minhas
Vontades de paz .
Oh, fosse eu capaz
De as esculpir
Numa bela poesia !
E gentes minhas
As “encantar”
Numa linda melodia !
Oh, fosse eu capaz
De ser capaz,
Um dia !
Urbano da vila