Prosas Poéticas : 

Escritor X Leitor

 
Escritor X Leitor

Muito fácil e muito prazeroso escrever sobre coisas bonitas, de conceitos consagrados, credibilidade infinita, como no caso do amor entre um homem e uma mulher, do amor da mãe para com seu filho, em fim, do amor na amplitude da palavra ou se não, escrever sobre as coisas belas da natureza e assim por diante. Gosto muito de escrevê-las também!

Mas gosto muitas vezes, de torná-las mais excitantes aos olhos do escritor quando, por exemplo, coloco num texto o nome de uma pessoa, de uma musa, de um lugar, às vezes, até um pensamento. Tem vezes que, deixo bem explicito nas inicias das frases, em outras nem tanto, quando as coloco no meio ou no final do texto.

Algumas vezes, edito como acrósticos, mesósticos ou telésticos. Em muitas outras, deixo ficar parcialmente escondidas, editando como texto comum, sem a devida classificação. Em alguns poucos textos, deixo mesmo de um jeito que ninguém perceba e, ficará assim, até que um curioso, algum estudioso da matéria resolva estudá-los.

Como não tenho e nem terei esta notoriedade, como a de alguns escritores, como a de alguns artistas que pintam numa tela sua musa nua para depois deixá-la escondida sob uma outra pintura e só então despida por algum estudioso muitos anos depois. Acredito assim, que as minhas frases, os nomes das minhas musas, ficarão mesmo para sempre sepultados entre flores e rimas dos meus versos.

Recentemente escrevi sobre coisas de conceitos divididos, de concepções diversificadas, que poucos gostam de ler ou ouvir, como os assuntos dos textos: (Depois da morte existe vida?), (Onde esconderam o segundo mundo?). E percebi nelas, o verdadeiro exercício da escrita, o verdadeiro exercíco do ser escritor, quando de alguma forma rasguei feridas, inclusive as minhas, quase cicatrizadas pelo conformismo e pelo comodismo de se apenas seguir idéias e concepções de uns poucos, consagrados como sábios, profetas, gênios ou mestres.

Percebi que ao contrariar crenças, conceitos, indispor-me com a maioria, faz-me sim, muito bem! Principalmente no aprender com as críticas construtivas ou não, coisa que muito raramente recebemos nos textos onde comentamos aquilo que é o pensar da maioria e o sentir de todos.

 
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PCoelho
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