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Pego-me posto, de repente

 
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pego-me posto, de repente
nesta tão antiga e velha jaula
onde esta minha alma
vive tão presa, assim

sofro encolhido nesta masmorra
minha vida fora lançada à sorte
põe-se mais perto do outono minha morte
e nenhuma fruta vermelha aportou em mim

ah, viver aqui e não viver aí
onde meu passo é raso e não, nunca
(vive) o ser que mesmo sem saber não se pergunta
se é um anjo antigo, um deus morto, um querubim

à toa chuto meu chão, meu pisar, meu fel
mas nem eu me encontro quando me procuro;
sou aquela vespa posta atrás do verde muro
que impede que eu veja um triste fim?

 
Autor
heberaguiar
 
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