Na escuridão, espreita-me silenciosa, a morte!
E pálida!...E fria!...E tão disforme!
Assombra-me o sono, quando adormeço,
A lívida face, que muito eu não esqueço!
E ela, de mim, vem se assomando tão terrível!
E vem surgindo num rosto frio, quão horrível!
E descarnado!...E branco!...Tão sem pele!
Vem ressequida por séculos de messe!
E nos meus lábios vai, num beijo, escarrando,
De uma serpente, toda a peçonha!
E o hausto de vida em mim vai todo calando!
E fenecido nessa solidão!...Sei o que bem sei!
Sei que nessa hora tão tristonha,
Hei de sorrir!...Onde tanto, e muito, eu chorei...
(® tanatus – 11/05/2009)