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A Minha Morte

 
Na escuridão, espreita-me silenciosa, a morte!
E pálida!...E fria!...E tão disforme!
Assombra-me o sono, quando adormeço,
A lívida face, que muito eu não esqueço!

E ela, de mim, vem se assomando tão terrível!
E vem surgindo num rosto frio, quão horrível!
E descarnado!...E branco!...Tão sem pele!
Vem ressequida por séculos de messe!

E nos meus lábios vai, num beijo, escarrando,
De uma serpente, toda a peçonha!
E o hausto de vida em mim vai todo calando!

E fenecido nessa solidão!...Sei o que bem sei!
Sei que nessa hora tão tristonha,
Hei de sorrir!...Onde tanto, e muito, eu chorei...

(® tanatus – 11/05/2009)
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/05/2009 18:52  Atualizado: 11/05/2009 18:52
 Re: A Minha Morte
Dia após dia vejo você construir poemas tristes e cheios de lamentos,porém de uma beleza e doçura que umedece meu falar!

Parabens!
Bjs
Rosa


Enviado por Tópico
MALUBARNI
Publicado: 11/05/2009 21:45  Atualizado: 11/05/2009 21:45
Da casa!
Usuário desde: 09/05/2009
Localidade: Viila Nova de Gaia
Mensagens: 294
 Re: A Minha Morte
Gostei!Fazer da morte um mote!Também gosto disto.
Tua poesia tem classe,tem raíz.Malu