Poemas : 

15. (de memórias dos sentidos)

 
Quando tu partires
os campos verdes deixarão de ser
eternos
e de florir
e a luz de abrir
em novo dia

Os pássaros deixarão de cantar
e a água dos riachos
de correr
Secará a fonte e até a serpente
que resiste ao inverno
longo e frio e duro
vai morrer

Nenhum sinal de vida ficará na terra
que te vai cobrir
E tu não ficarás também
Eleve-se ao Alto-Eterno
ao Além
mais alto que tudo
o teu espírito branco e puro
E o teu corpo
acolha-se num novo sol por abrir
e morra eu com a tua ausência
logo a seguir

____________
Fernando AAlmeida Reis



Todos os textos publicados no espaço deste autor são idéia sua e de sua autoria e estão registados na IGAC

http://www.worldartfriends.com/pt/users/alvarogiesta
http://www.luso-poemas.net/modules/yogurt/index.php?uid=601...

 
Autor
AlvaroGiesta
 
Texto
Data
Leituras
640
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Maria Verde
Publicado: 28/06/2009 15:23  Atualizado: 28/06/2009 15:25
Colaborador
Usuário desde: 20/01/2008
Localidade: SP
Mensagens: 3489
 Re: 15. (de memórias dos sentidos)
O poema todo é sentimental e romântico, mas destaco os últimos versos que me remeteram às dores do simbolismo, que via na morte uma forma de libertação...
Divino!
abraço poeta!