Como deixar de ter fé,
ao ver o nascer do sol
a iluminar o mundo
com inebriante pureza?
No relevo dos campos ,
Por entre os silenciosos lírios,
surge a afetuosa brisa
Do amanhecer,
Trazendo nova vida e bem-aventurança
Uma realidade refletida nas cristalinas águas.
E o mar com sua linda canção imortal
Embriaga o coração humano
Com a magnitude nele contida.
A chuva que sobre ele cai
É de compaixão
Ao compassivo movimento
Incessante das ondas
Sobre a receptiva areia.
Beleza e dança, eis a descrição
do Universo.
Nas folhas conduzidas pelo vento.
No girar da terra sob perfeita sincronia.
Ao observar tamanho espetáculo divino
Sinto em mim a esperança, e a coragem,
Experimento uma união com o Todo
E me vem uma saudade não sei de quê.