Crónicas : 

Da caserna para a parada

 
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É um bom soldado o que não aspira a general, marcha sem medo, sabe no seu íntimo que a ambição é como o horizonte pois recua na medida que se avança.

Cabo Alecrim, sempre de espingarda limpa ansiava o tiro vindo de uma pontaria perfeita, era um verdadeiro sniper. Nas conversas durante as algazarras sem ninguém estar à espera lá vinha o tiro silencioso e certeiro, Pow …… atravessava a sala … zzuummm …trespassava a compreensão da vítima. Todos os outros imperceptíveis, continuavam como se nada fosse, contudo a vítima ficava afectada das tonturas próprias inteligíveis de quem teve uma quebra de tensão. Quedas sucediam, pareciam tordos, na cama dos beliches, em insónias convalescentes.

Guarda Abel, policia militar, sabia das ocorrências, ele e o enfermeiro de caserna tratavam das vítimas, mas só no dia seguinte, até lá as vitimas ardiam em febre resultado da infecção das palavras cravadas na carne perpetradas pelos tiros.

Durante a noite é que se limpam as armas e de manhã se começa o dia, com o toque da corneta... e os convalescentes lá se arrastam para a parada.

Fommm fommm fó

Hasteia a bandeira

 
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Deepmoon
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