O que é mesmo o amor senão
Uma estrela amarela costurada à pele
Ao alcance do olhar de qualquer um
De qualquer cor,
De qualquer credo
O amor, Hélène,
Diz respeito aos homens
E aos anjos
Tem cheiro inequívoco de groselha
E costuma partir sem deixar vestígios
O que é mesmo o amor senão
Tão pequeno diante das tantas dores do mundo
Tão desejado e, por vezes, tão cruel
O amor, Hélène,
Não pode por ninguém nos ser imposto,
E uma vez amando,
Só mesmo nos resta amar
Está tudo bem
Dez mil beijos para Hélène dar
No dia em que Hélène voltar
Todas as minhas obras são
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Sobre o livro: “O Diário de Hélène Berr – Um relato da ocupação nazista de Paris
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