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CRÔNICAS DE MARIA JOSÉ - APRESENTAÇÃO

 
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Maria José nasceu (isso foi nos idos de 1943) hoje Maria José tem lá seus sessenta anos (exatamente, sessenta e seis) casada, quatro filhos e vários netos. Como o genial Machado de Assis (1839 - 1908) seus estudos são informais (PROCESSO DE LETRAMENTO) aprendeu sem o auxílio de professores; com a vida, com a leitura, com alguma literatura, especialmente poesia; com a lida, com o dia-a-dia, leu o mundo por conta própria, podemos dizer que sua "receita" é para quem está em busca da felicidade...
Maria José é muito esforçada, trabalhadora das coisas do lar, levanta cedo, dorme tarde, tem ainda, preocupações com os filhos, é muito observadora com os fatos do dia-a-dia; com a política, com as novelas da TV Globo, com o aumento exagerado dos gêneros de primeira necessidade, com o desemprego, com o baixo salário mínimo nacional; gosta de textos de Filosofia, não suporta a incomunicabilidade sonora e gramatical do "gênero" funk, gosta de uma boa música sertaneja, com letras claras e sonoras, não é fã de nenhum dos programas dominicais de auditório, cozinha muito bem e gosta de ter a família reunida e é admiradora dos "Serões de Dona Benta" porque lembram as antigas reuniões em família, obra essa do maravilhoso Monteiro Lobato.
Bem! Agora vamos ao que interessa!
Ao que essa pessoa tem de melhor a oferecer, Maria José é exímia observadora de fatos mais corriqueiros (históricos ou não), vê detalhes onde ninguém presta atenção, seus filhos quando querem um conselho de ordem prática (carreira, vestibular, concursos, namoradas, etc.) vão direto a ela, não só os filhos, também os vizinhos. Maria José viu a inocência do Presidente Fernando Collor de Mello no dia de sua saída pelos "fundos" e nunca esqueceu sua frase de efeito ("Não me deixem só.") viu um crime no desaparecimento de Ulisses Guimarães, viu com enorme tristeza a "morte" do Presidente Tancredo Neves, viu uma rede de intrigas no acidente que vitimou o jovem Airton Senna em 1994, viu esperanças no possível ressurgimento ("clonagem") do mamute; viu com alegrias o milésimo gol de Romário, viu o jamaicano Usain Bolt torna-se o homem mais veloz de todos os tempos nos cem metros rasos, vê esperanças no pré-sal, vê a luta do vice-presidente José de Alencar contra o terrível cancêr que lhe atormenta, vê, com preocupação, a crise do Flamengo, seu clube do coração, no Campeonato Brasileiro de Futebol e muitos outros fatos...
Esta é Maria José, observadora atenta das coisas do dia-a-dia, leitora, trabalhadora, responsável por sua prole, quer um Brasil melhor, olha para as coisas políticas, morais, históricas, religiosas de nossa sociedade. Tem sempre um comentário "bom" para oferecer e, como todo ser humano temente a Deus, está sempre a procura da alegria de viver.


Augusto de Sênior
(Amauri Carius Ferreira)
(FERREIRA, A. C.)



Professor de Língua Portuguesa, Literaturas, Redação e Leitura, poeta, contista, cronista e romancista.
 
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