Poemas : 

Do absurdo sonhar…ao ambíguo sentir

 
Neste meu pobre mundo
que a sórdida fome açoita
com chuvas luarentas
onde se degrada a alma,
nele
deixo gravado em sangue
a fúria de cada sentir
na boca sem músculo
como o sabor da própria sede.

…Deixo que o débil existir
seja a fluidez do esqueleto,
de que o infame quotidiano
é seu exclusivo fim…
é nesta cela de névoa
pela angústia desenhada,
que defino o rumor
dos íntimos retratos
do meu abstracto!


 
Autor
José António Antunes
 
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Enviado por Tópico
ÔNIX
Publicado: 29/07/2010 13:04  Atualizado: 29/07/2010 13:04
Membro de honra
Usuário desde: 08/09/2009
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Mensagens: 2683
 Re: Do absurdo sonhar…ao ambíguo sentir
Seriamos muitos mais que um esqueleto no escuro, se soubesses decifrar os pontos de uma tela em branco. Nela imprimiríamos as cores de um olhar sedento da forma das palavras. Seriam elas, um novo colorido de gente pronta a desafiar o destino, a encantar o mundo com a beleza que lhes confere um corpo, que por ser as vestes da alma, traz consigo tudo o que ela precisa para ser mais que um semblante desajustado ao mundo

Gostei de te ler José

Beijo

Dolores Marques