Hoje estou decidida a amar
Hoje estou decidida a amar. Isso mesmo, decidida. Amar é uma decisão, não para os mais jovens que confundem amor e paixão. No amor as pessoas se encontram, se completam, tornam-se um. Por isso, o ato de amar, pelo menos para mim, é uma decisão, um processo adquirido no decorrer da convivência, “ama-se ao passar do tempo, e com o tempo se aprende a amar”. O mesmo tempo que ensina a amar, ensina a cultivar o amor, a permanecer ou não ao lado de alguém.
Para amar é preciso ceder, aceitar o outro, mesmo conhecendo os seus defeitos. Para amar é preciso saber olhar em direções opostas, mas sempre querendo chegar ao mesmo lugar, porque cada ser é diferente, porém complementares. Para amar é preciso saber se entregar sem pedir nada em troca. Para amar, é preciso saber chorar e estender a mão quando tudo parece difícil, quando tudo parece ruir. Para amar é preciso admirar o outro e querer sempre o seu melhor. Para amar é preciso entender um gesto, um olhar, um sorriso, uma lágrima, porque amar é mais do que palavras, são ações e atitudes. São momentos únicos, onde muitas vezes, palavras não bastam. Para amar é preciso mais que um coração, é preciso o toque das mãos, a troca de olhar, é preciso desejo, atração, beijos e excitação.
Decisão. Palavra chave no amor e na vida, pois na morte resta apenas a aceitação e o cruzar das mãos.
Mirtes Waleska Sulpino
(Todos os direitos reservados)
Em mim
Quero que me entendas nas entrelinhas
Não apenas nas palavras ditas, óbvias.
Quero que me desvendas no olhar
No silêncio do meu mistério.
Quero que me ames com volúpia, com paixão.
Quero que me prendas em teus braços,
Deixe-me sem chão.
Eleve minh’alma com o toque da tua mão.
Quero te prender em mim,
Num momento eterno.
No improvável dos instantes,
Em que me possuis.
Onde somos um.
Quero gritar no silêncio,
O meu prazer profundo.
Quando a lua nos envolve,
E soberana, brilha sobre nós.
Quero acordar a noite,
E o dia também.
Porque ao teu lado, ao teu lado
As horas não passam
Os relógios não têm ponteiros,
E os dias sorriem.
Mesmo quando, ainda, é madrugada.
Quero teus beijos quentes
Nas frias noites de solidão
Quando tenho medo do escuro
E acendo todas as luzes da minh’alma
E prendo firme tua mão...
Enfim, quero todos esses instantes,
Esses momentos.
Quero ser,
Quero ter.
Ter você.
Sempre.
“Em
Mim”...
Mirtes Waleska Sulpino, em 24 de abril de 2008.
*Todos os direitos reservados ao autor.
Brisa
Como gostaria de ser essa brisa leve
Que molha teu rosto,
Perfume de rosa, que exala de ti.
Tocar-te mansinho, fazer-te um carinho,
Beber dos teus lábios
O mais puro mel.
Como queria, tocar tua face,
Mergulhar em teus olhos,
Cor de anil, profundos como o mar.
Realizar teus íntimos desejos,
Roubar alguns beijos,
Dizer-te segredos,
Juras de amor sem fim.
Mirtes Waleska Sulpino.
*Todos os direitos reservados ao autor.
À flor da pele
Quando olhas em meus olhos,
Todo o meu corpo treme, entra em ebulição,
Tens um olhar penetrante, um olhar de sedução.
Um convite, uma prece, uma oração.
Quando tocas em meu corpo,
Meu peito transborda de amor, viro mar em plena tempestade.
Tens um toque aveludado, faz meus pêlos arrepiarem.
Meu corpo entra em sinestesia, já nem sei mais quem sou.
Quando beijas minha boca,
Tua língua, bailarina, acaricia-me sem pudor.
Teu beijo, uma ode ao amor, tem o sabor do néctar.
Como é divino o nosso amor.
Nossos corpos bailando, numa poesia sincrônica,
Música e melodia, uma orquestra regida pela paixão.
Um concerto, onde somos atores principais
Do espetáculo, de quando fazemos amor.
E nesse espetáculo divino,
Do amor em forma de música, de nossos corpos bailando,
Na busca do prazer, da explosão de orgasmos,
De nossos corpos sendo um.
Vivemos o nosso amor, compomos a mais linda canção,
A canção do amor almejado, do amor tempestade,
Que arrebenta o desejo guardado, revelado.
Aflorado, à flor da pele...
Assim como eu e você.
Mirtes Waleska Sulpino, em 03 de outubro de 08.
*Todos os direitos reservados ao autor.
Nós
Somos nós,
Você e Eu.
E essa poesia
Vivida, sentida,
Somos nós,
Você e Eu.
E o nosso olhar
Que se encontra, onde ninguém mais possa achar.
Somos nós,
Você e Eu.
E o medo de amar.
Somos nós,
Você e Eu.
Nossos corpos trêmulos,
Quentes afagos,
Bocas beijando,
Mãos se tocando,
E em cada gesto
Meu e Seu,
Apenas
Você
&
Eu...
Mirtes Waleska Sulpino, em 02/05/2007
*Todos os direitos reservados ao autor.