MODINHA OU NO CAMINHO DE DRUMMOND

a construção final, em que se retoma e se conclui é muito bela. & claro, São Jorge e o Dragão.

abraço

mário

Modinha e cantigas de ninar, o tempo não para na vontade de declamar. Suave e lindo texto em homenagem ao grande poeta.bjs.

júlio, venho notando que sua lira ostenta, ultimamente, uma certa angústia e desencanto. caso queira um ombro amigo, ofereço-te o meu.
por outro lado, falando em poética drummondiana, ela sempre, dentre outros temas, dissertava sobre a fugacidade da vida e o saudosismo:
este poema se alimenta desta aura.

o meu professor de literatura brasileira na faculdade de letras do porto chamava-se arnaldo saraiva.coincidência?ele amava carlos drummond de andrade...lembrei-me deste para responder ao teu:

O Tempo Passa? Não Passa

O tempo passa? Não passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.

O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.

Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.

O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.

São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer toda a hora.

E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama
escutou o apelo da eternidade.

Carlos Drummond de Andrade, in 'Amar se Aprende Amando'

Gosto do ritmo do poema. gosto de drummond, gosto do 'tempo" tratado! Gosto muito!
valeu irmão
Putabraço
Edilson

há modinhas que viram modas e de modas vai-se para costumes e de costumes a tradições e de tradições a cultura e de cultura a saberes e de saberes é a história...a história de um povo...a história mundial na ínfima parte de cada um de nós.

beijo