OLHAR PARA MIM... (Inédito!)

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OLHAR PARA MIM...

Estou à mercê da brisa e do vento
No limiar de paralelas reformas,
Num ciciar breve que transforma,
E se recria no objeto que invento…

Neste decurso de tempo acrescento
Mais significados a coisas e formas,
Porque a margem esquerda informa
A direita, todos os ais que afugento...

Vale-tudo de mim que exige, me rende...
Nesta mais-valia crio e me sustento
No elo dourado que a ti me prende...

Quando mais nada inebria, surpreende,
Nesse farfalhar de tão mudo intento,
Sinto afinal, teu olhar que me entende…

Ibernise.
Barcelos/Minho/Portugal, 12.11.2009.
Núcleo Temático Romântico.
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