Poemas : 

fénix

 
 
o vinho:
é sangue
morno
e ao corpo
a dor mente.

caminho
nuvens.

estranhos
os anjos
em volta

(finjo não ver
o que condenam)

tudo é belo
e suave:
um veludo
vermelho.

e reflectida
no copo

esta ave
na qual me espelho.


cruz mendes

 
Autor
Alexis
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1610
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
23 pontos
23
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Mariaa
Publicado: 22/11/2009 00:39  Atualizado: 22/11/2009 00:39
Colaborador
Usuário desde: 23/08/2009
Localidade: Braga
Mensagens: 2621
 Re: fénix
Então voa ave
e com a chave
do amor abre
aquela porta
que transporta
para um mundo
mágico e belo
de amor fecundo
e tanta paz...

Voa, voa audaz!




Enviado por Tópico
arfemo
Publicado: 22/11/2009 00:58  Atualizado: 22/11/2009 00:58
Colaborador
Usuário desde: 19/04/2009
Localidade:
Mensagens: 4812
 Re: fénix
...título e corpo do poema coexistem harmoniosamente...e mais do que iato é que o poema é de antologia! Parabéns!

beijos Alexis e Bom Domingo
arfemo


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/11/2009 01:01  Atualizado: 22/11/2009 01:01
 Re: fénix
o vinho é
sangue ao rubro: bem bebido
dá saúde.

Domingos da Mota


Enviado por Tópico
Mariaa
Publicado: 22/11/2009 01:13  Atualizado: 22/11/2009 01:13
Colaborador
Usuário desde: 23/08/2009
Localidade: Braga
Mensagens: 2621
 Re: fénix
E das cinzas tudo vai renascer
com o amor e a coragem que tudo vão vencer!

Beijos e tudo, tudo de bom, fénix!


Enviado por Tópico
Mariaa
Publicado: 22/11/2009 01:30  Atualizado: 22/11/2009 01:30
Colaborador
Usuário desde: 23/08/2009
Localidade: Braga
Mensagens: 2621
 Re: fénix
E tudo no subscrito
se envia para os deuses
e as deusas de que mito
e depois nos enviem luzes
que nos guiem nos caminhos
onde não sigamos sózinhos
mas com um mundo inteiro
de olhos postos na paz
e inalando do canteiro
um aroma que bem nos refaz!

E brinda-se ao amor
com o nectar divino,
e a deixar um rubor
no rosto cristalino!

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/11/2009 14:22  Atualizado: 22/11/2009 14:22
 Re: fénix
Surpreendeu-me neste pequeno poema o desprendimento, como se o sujeito poético se sentisse a renascer, vinho quiçá simbólico que lhe fervilhava nas veias.
gostei e provei.


Enviado por Tópico
Moura365
Publicado: 22/11/2009 15:10  Atualizado: 22/11/2009 15:10
Colaborador
Usuário desde: 23/10/2009
Localidade: Rio tinto-Porto
Mensagens: 2284
 Re: fénix
Existe oculta, uma Fénix dentro de nós, que nos faz emergir das cinzas.

Parabéns!

Beijinhos

Gil


Enviado por Tópico
Carolina
Publicado: 22/11/2009 18:40  Atualizado: 22/11/2009 18:40
Membro de honra
Usuário desde: 04/07/2007
Localidade: Porto
Mensagens: 3422
 Re: fénix
O vinho tem essa particularidade, ver coisas que nos fazem mais felizes, é certo que nunca estive sobre esse efeito, não posso comprovar, mas já vi muitas pessoas felizes à conta dele...outras que choram como crianças. Há quem diga que há 3 tipos de bebedeiras, a de macaco, a de porco e a agora n me lembro do outro animal, depois digo-te :).

Tudo isto para te dizer que gostei do teu poema, e se um dia estiver sob esse efeito quero me ver fénix tb.

beijinho


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/11/2009 19:27  Atualizado: 22/11/2009 19:27
 Re: fénix
"_Vem, enche a tua taça,joga a roupa invernal do arrependimento no fogo da primavera. O pássaro do tempo tem apenas um curto espaço para voar, e- olha! já está voando"
O.Kaiyan


Alexis,
Sempre tudo perfeito...Tudo muito lindo...e inteligente.
Carinho crescente,
Má.


Enviado por Tópico
jomasipe
Publicado: 22/11/2009 21:32  Atualizado: 22/11/2009 21:32
Colaborador
Usuário desde: 28/09/2009
Localidade:
Mensagens: 1168
 Re: fénix p/ Alexis
Adorei,
há na tua escrita uma canção melodiosa que me inebria.
beijinho,
JS


Enviado por Tópico
Caopoeta
Publicado: 24/11/2009 23:49  Atualizado: 24/11/2009 23:49
Colaborador
Usuário desde: 12/07/2007
Localidade:
Mensagens: 1988
 Re: fénix
deixo-te aqui um texto que gosto imenso e que certamente conheces:

"É necessário estar sempre bêbado. Tudo se reduz a isso; eis o único problema. Para não sentirdes o fardo horrível do Tempo, que vos abate e voz faz pender para a terra, é preciso que vos embriagueis sem cessar.

Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor. Contanto que vos embriagueis.

E, se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder:

- É a hora da embriaguez! Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas! De vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor."

Charles Baudelaire



beijo alex.