Sonetos : 

22749

 
Após a minha morte; os rituais
Comuns e na verdade muito chatos,
Olhares satisfeitos ou ingratos,
Momentos de sarcasmo, até banais,

As bocas em conversas informais,
Mentiras relembradas, velhos tratos,
E as mesas em banquetes; finos pratos,
Antigas regalias mais formais.

E o vento se espalhando na capela,
Enquanto este cadáver se revela
Até com um sorriso, quase irônico,

Incrível que pareça; ninguém vê;
Porém ato reflexo sem por que;
O corpo se afigura catatônico...
Marcos Loures
 
Autor
MARCOSLOURES
 
Texto
Data
Leituras
631
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/01/2010 11:23  Atualizado: 12/01/2010 11:23
 Re: 22749
em ritmo bem cadenciado, parabéns pelo poema.

mário