PRIMEIRAS FLORES (Inédito!)

Olá caríssimo Arfemo, ilustre presença em minha home.

Corremos riscos ao definirmos a linha de abordagem de um poema. Principalmente quando em uma temática aparentemente simples queremos mostrar o simples, não sendo piegas. Embora o piegas às vezes fuja do simples e do lugar comum ao se revestir de descobertas que estavam aparentemente à vista, e poucos conseguiam notar.

Este soneto ' Primeiras Flores' tem um pouco deste tudo. Foi elaborado num momento que não era de intuir. Apliquei o meu método e ficou mecânico na sua totalidade. Deveria ter optado por um republicação, mas o momento mesmo não sendo de intuir, parecia ser o momento de trazer algo novo, já que indícios de primavera são Primeiras Flores e estas são … Inéditas.

Assim a poesia ao se vestir de nova, numa temática antiga, saiu de cara nua sem apelação, pois se poesia é vida, carece de bons e maus momentos. Esta é a grande lição deste soneto, para mim mesma.

O meu ideal de poesia é metodológica, sinto que o poema tem sua alquimia, e cada poeta segue a mágica de sua construção intuitiva ou tecnológica. Mas Michel Foucault, diz ao falar do método, que ' a própria ausência de metodologia já é um método'.

Assim concordo com vc, na avaliação deste resultado, sentindo que foi muito mesmo generoso.

Agradeço muito feliz este contato, esperado pois haviam dias que falamos sobre a chegada da primavera. Que bom, afinal as flores devagarzinho estão chegando aos campos, e com elas a fertilidade e a brandura dos tempos.

Muito grata sempre por esta companhia, sob a forma de leitura e comentário atencioso.

Beijo, amigo


Ibernise