Poemas : 

afluente

 
corre um rio
nesse corpo
meio seco
tão delgado

afluente
quase morto

da nascente
até à foz
mal vivido
condenado

parece o rio
já morto

será voz
ou será fado?




cruz mendes

 
Autor
Alexis
Autor
 
Texto
Data
Leituras
878
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
21 pontos
13
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
LaRoche
Publicado: 16/05/2010 23:41  Atualizado: 16/05/2010 23:41
Colaborador
Usuário desde: 26/02/2010
Localidade:
Mensagens: 706
 Re: afluente
Há muito que não lia nada seu. Gostei deste afluente a inquirir a sua essência. A voz liberta é seguramente um curso de água que se evade e se lança no mundo. O fado é condição maior, correndo sempre a ver se alcança o amor. Parabéns.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/05/2010 23:56  Atualizado: 16/05/2010 23:56
 Re: afluente
Nossa....que poema fantástico, construção perfeita! Favorito!



Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/05/2010 17:46  Atualizado: 17/05/2010 17:46
 Re: afluente
Será fado, triste fado fadado.
Secamente corrente "da nascente // até à foz" na voz do poema equilibrado.
Gostei muito.
bjs
nuno


Enviado por Tópico
VIDEIRA
Publicado: 18/05/2010 07:53  Atualizado: 18/05/2010 07:53
Colaborador
Usuário desde: 30/10/2009
Localidade: Profundo Portugal
Mensagens: 502
 Re: afluente
Desci o rio, por assim dizer, nas palavras fluídas, sabedoras de margens, incógnitas ainda da foz...

Beijinho, ó, dos meus


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/05/2010 16:12  Atualizado: 18/05/2010 16:12
 Re: afluente
Alexandra Cruz Mendes: Belo!

beijo


Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 18/05/2010 16:17  Atualizado: 18/05/2010 16:17
Membro de honra
Usuário desde: 31/03/2008
Localidade: Braga
Mensagens: 8102
 Re: afluente
ai menina o fado o que ele não faz...mas cada dia ele canta um novo eu/tu e nessa voz o que vale é que nos ouvimos. beijo de amiga