Os loucos da minha rua

Neste mundo de loucos
até mesmo a natureza
precisa - e não é pouco -
de um médico - de certeza!...

ABraçooO!

Abilio*

olá Arlindo,

já estava com saudades de te ler...

eu prefiro nem saber do sabor dessas sementes as heras são amargas e os rostos já não me reconhecem,
pego-lhes nas mãos.

Beijo
com amizade

...
olá poeta

e elas murmuram entre dentes, qualquer coisa,
que bem podia tratar-se de sementes.

Uma
memória onde os pássaroa morrem
do silêncio


abraço

será "a dor de alma" uma doença?e por onde anda a loucura,tão humana?em que actos,posturas,palavras e vivências se manifesta?em que memórias e frustrações assenta? onde residirá o frágil equilíbrio?...tantas perguntas me suscita o teu texto...como sempre.revelas sempre essa virtude filosófica e poética nos teus textos.

gostei de ler,arfemo...já tinha saudades..um tema que me fascina,tratado por ti.com esse teu olhar que, bem sabes, admiro.

Arfemo

(Saudades da sua poesia e da sua presença amigo.)

Um poema reflexivo como sempre, as ruas andam assim deambulam perdidas as árvores choram e as sementes morrem...o homem e a natureza está mesmo a tornar um hospisio este planeta azul...

Beijonhos

"Loucos são os que o são,
os que são puros,
os que escrevem poemas
como quem volta ao dia
da Criação...
E inocentes,
porque não sabem
que Deus,
nesse dia,
também criou seres
ignobilmente doentes..."

(Sejamos, então, loucos!)

Gosto da Ala dos Namorados. Os loucos de Lisboa são loucos a valer, mesmo com a falta de ar renovado

Saudades das suas palavras


beijo


Dolores Marques

Caro Arfemo

Há ausências que nos preocupam, quero dizer, há pessoas cuja ausência nos preocupa. Mas pelos vistos está tudo em ordem.
Para começar um poema superior, sempre introspectivo.
A loucura envolve-nos a todos n’alguma medida, preço de um progresso que não sei em que segmento da alma reside.
As sementes apesar de tudo são razão de esperança

Feliz por revê-lo e fraterno abraço
Antonius

Olá Arfemo,
Um poema muito lúcido de consciência social.
Beijo
Nanda

Caro Arfemo, as nossas ruas andam anémicas
e nem sei se a culpa será do fumo, "é coisa de doentes" diz e muito bem

Abraço

Poema alucinante ou alucinado, mas não demente. Intrigante, inquietante.
Estávamos com saudades tuas!
abraço
nuno

Arfemo,Ainda há cidades em que as arvores são bem verdes e o cheiro enchem-nos a alma.

Estas deste texto parece que se confundem com gente,gente louca..........


Beijo

Um prazer por ter-te aqui de novo!

Dos loucos restam as sementes como esperança.

bj
Eduarda

Arfemo,

parabéns pelo belo poema em tons sombrios e deprimentes.
Abraço

Os loucos do planeta.
Um poema que dia muito nas entrelinhas, extremamente bem delineado.
Beijo Arlindo
Antonieta

...e nada melhor que o coração para ver e sentir, que loucura é um conceito subjectivo por demais...
Abraço Arfemo

Estava com saudades dessa escrita cristalina tal qual aquelas antigas lagoas argentinas... Coisa linda de se ver por aqui e de beber também. Magnífico, poeta! Magnífico! Um abraço bem forte do amigo do lado de cá!

gostei de ler essa doença que é dor – as sementes fedem quando se desenvolvem em águas paradas – estagnado pela falta de luz escrevo no saber de quem me dá o que escreve com saber

abraço arfemo

sampaio(r)ego

Parabens por mais um texto suave para ler!

Esse não sei comentar...Vim pelo aroma que fica na memória. Voce faz muita falta por aqui. bj

A louca que habita em mim, deliciou-se com o seu poema, um espelho, atalha ela...

É bom tê-lo cá, Arfemo. Ah, mas isto sou eu quem o diz, entretanto amordacei a louca! heheheh

Beijinho!

Soube-me bem voltar a ler, reencontrando o poeta...
Um abraço, Arfermo
JL

Visualizei e senti... Se tristeza? vejo essa cena constantemente ao passar também pela rua e justamente ver sentados num banco como se esperasse o chamado das sementes,Onde lá se germinam loucuras?
Intenso poema, bjus grande.

Há loucos que, dentro da sua loucura, serão certamente bem mais lúcidos do que outros que se encontram dentro dos padrões normais da sanidade...
Há pouco tempo também escrevi sobre isso aqui
Mas, claro está que em nada se parece com este teu sábio e lúcido poema, meu amigo

´Beijo

Fascina-me este estilo de poesia filosofica, onde por vezes as mensagens não estão ao alcance de todos, por isso um poema pode ter sempre inumeras interpretações.
Por vezes cada leitor interpreta buscando no poema o que mais necessidade tem de encontrar.
Gostei porque gosto sempre, e como estou deliberado em mais que uma interpretação, vou ficar-me por aqui.

Grande abraço poeta.

entre os loucos da minha rua, amigo arlingo, não há duvida que sou sério concorrente ao maior deles. habituei-me no entanto ao dia-a-dia dos hospícios. notável seu poema.

abraço,

j.

Sublime este seu poema, que me faz recordar o que todos os dias eu tento reverter na minha vida profissional, eu também coabito com alguns loucos da sua rua, e lhe confeço que também eu por vezes me sinto embriagada pela loucura que me envolve naqueles olhares...

Em suma, gostei imenso deste seu poema

bj

Arlindo, li e levo comigo,acrescentar o que quer que seja seria estragar a leitura...

Abraço

onde às árvores chamam gente,

«e elas murmuram entre dentes, qualquer coisa,

que bem podia tratar-se de sementes.

Mas não, é coisa de doentes…»

Um síncope momentânea deste compasso Excelente!

Permita-me...vibrei!

Com carinho,
Assiria