as letras ganham um outro alento mas estão fadadas a extinguir-se

Cara, este é um dos meus poemas mais difíceis de comentar...

Muitas vezes, relendo-o, acho que não o entendo.

Pois bem: as palavras são putas mesmo, as letras são vendidas ao prazer fácil de uma parceria lexossexual fugaz; vejo a literatura e outros ofícios da inteligência como uma espécie de prostituição de uma alma-puta, pois que toda alma literária se dá por inteiro, sem pudor, a todas as outras que a queiram explorar; e tal exploração se dá em quaisquer páginas que passam, como uma puta, de mão em mão, daí o termo "páginas-puteiro". Toda essa explanação pode parecer leviana, não obstante traduza a mais sincera visão de um autor louco, no caso eu, que faz tremer os alicerces tacanhos da literatura oficialmente concebida como lugar singelo ou da cultura castelo. Por isso sou assim, conforme você assustou ao ler-me cá e lá, pensando: "Este é mesmo um louco, embora tenha a coragem de desvelar esta tão indesejada dama: a verdade."

Eternas estimas
do vosso sempre degenerado

Úmero