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Há quase um século-eternidade
tua lembrança brinca em minha memória;
teu riso, teu olhar maroto,
teu jeito de atravessar a rua
e o tempo, que se instalou em mim
feito um risco, uma cicatriz e... lamento.
Nem tudo é como quis ou quero.

Gigante mesmo; o que ocupa todo o espaço
entre o ser e o vir-a-ser, é o desejo,
que nutre, espreita, controla.
Mas tua lembrança brinca na memória,
imagem fotografada,
retina-cortéx condicionada e nada,
só brincando na memória.

Cada dia, mês ou ano,
é quase um quarteirão-quilômetro
impondo distância, esquecimento,
construindo dúvidas e que tais,
brincando comigo em qualquer data,
em qualquer hora.


Escrever, é como fazer espelhos; deixar refletir o rosto de quem lê!

 
Autor
Batalhafam
 
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