Poemas : 

DESIGUAIS

 
Edifício pomposo,
Luxo e demagogia,
Gravatas italianas,
Gabinete, mesa grande,
Café fumegando, gentilezas,
Decisões hipócritas.

Calçada suja,
Dia amanhecido,
Velhos trapos,
Barriga roncando,
Norte ausente,
Vida vazia.

O mesmo mundo,
O mesmo credo,
O mesmo sangue,
Mentiras iguais.

A calçada olha o alto,
O gabinete olha a rua,
Olhares que se cruzam,
Mas não se encontram.

Diferenças se chocam,
Perfídia silenciosa no alto,
Vida largada na rua.


EACOELHO


 
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EACOELHO
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