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O amor fez sexo

 
Tags:  amor  
 
Acendi uma luz sem lume
e deixei-a queimar sem pavio
agarrada a uma vela sem cera.

O quarto perdeu o negrume,
todo feito de janelas fechadas
e num sopro, acendeu a espera
que me faz abrir os braços
para te vestir com a minha pele...
por dentro e por fora.

Fiquei hirto num jeito que treme,
agarrado à sede de olhar e ver,
de sentir a respiração de uma liça
que me encosta e vira o leme...
desoriento-me de querer
e novamente a luz se atiça.

Deslizei entre movimentos
suaves, melodiosos e brutos,
perfumados, lentos
debruados de sabor e faustos
numa demanda de sentimentos
que, fortes, me seduzem a alma.

Valdevinoxis


A boa convivência não é uma questão de tolerância.


 
Autor
Valdevinoxis
 
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Enviado por Tópico
Juli Lima
Publicado: 10/08/2007 23:35  Atualizado: 10/08/2007 23:35
Colaborador
Usuário desde: 02/08/2007
Localidade: Rio de Janeiro
Mensagens: 989
 Re: O amor fez sexo
Boa noite! Expressivo e envolvente versejar. Bj poesia

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/08/2007 00:49  Atualizado: 11/08/2007 00:49
 Re: O amor fez sexo
........

sublimar o amor

intensos, a escrita e o desejo

.................

Abraço

Enviado por Tópico
Carla Costeira
Publicado: 11/08/2007 12:09  Atualizado: 11/08/2007 12:09
Colaborador
Usuário desde: 16/02/2007
Localidade: Sintra
Mensagens: 918
 Re: O amor fez sexo
Belo poema!
Bjs

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/08/2007 12:15  Atualizado: 11/08/2007 12:15
 Re: O amor fez sexo
Que carnal poema, envolvente todo ele na onda do maravilhoso mundo da sensualidade e da sexualidade.
Parabéns.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/08/2007 08:40  Atualizado: 12/08/2007 08:40
 Re: O amor fez sexo
Amigo Val.
Fiquei arrepiado e não faz frio nenhum.
Disseste de forma soberba o amor, quando este de sexo se veste...
Uma vez, ainda no início, quando comentaste os meus primeiros contos que eu chamei de eróticos, disseste que havia um equilibrio, uma escrita no arame, sem descambar...que dizer então deste poema?
Deixa, eu digo: Maravilhoso
Um abraço deste teu amigo, vaidoso por o ser.