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O quadro negro esquecido

 
O quadro negro esquecido



Era uma vez um quadro de lousa que era muito vaidoso e gostava de muita atenção dos meninos, estava em uma bela escola, toda recuperada e com tudo novo e brilhante.
Estava tudo uma confusão total, todos corriam aflitos para a inauguração da escola, foi convidado um ministro e um escritor para cortar a fita. Era ainda verão, Setembro, o calor era demais, nem corria sequer um ar, abafado, tórrido, tudo tinha que estar na maior perfeição em 15 de Setembro para o inicio das aulas.
Chegou o dia e ainda por cima a sala que iria fazer a palestra e receber o ministro era a do quadro vaidoso, como ele tinha razão nem todos teriam a mão de um ministro e de um celebre escritor deixando deslizar giz pela sua lousa. Todo pimpão ele se gabava perante todos as a cadeiras e secretárias e outros quadros o quanto era melhor que todos eles.
O dia era cheio de promessas, as crianças estavam todas arranjadas e limpas, seus pais estavam atentos e queriam ficar nas fotos ou na direção das câmaras de Tv. Foi naquele quadro que foi escrito o mandamento da escola, foi o ministro que os apagou e seguido do escritor, que escreveu um belo poema a sua terra natal.
Orgulhoso ele observava tudo, via os meninos que estavam cheios de estar ali, era uma seca, tinha um menino cheio de sardas, meio lerdo, ele limpava o nariz metendo as ranhetas na boca, que nojo!!! E ainda se ria, ao fazer todo o seu ritual.
Todos saíram da sala menos aquele menino e outro também mal educado como ele, de repente ele projetou uma pedra grande de encontro ao quadro, escutou-se um gemido e um barulho que todos correram a sala. Partiu a lousa a meio e o outro menino rachou a cabeça, todos se preocuparam com o menino mas dele nem sequer quiseram saber.
Ficou triste, nem os colegas tiveram uma pontinha de pena e tristeza, alguns diziam
- Bem feito, quem mandou ser vaidoso.
Foi encostado, para um canto no armazém da escola. Velharia seria um dia e ate nem isso pois estava partido e esse dia chegou.
Um comprador de tralha e velharias, levou tudo que estava no armazém, quando ele viu aquele quadro seu sorriso iluminou-se. Era mesmo isso que a escola de sua neta precisava, recuperou-o completamente e quase nem se dava por ela que um dia foi um quadro partido.
O senhor João levou no seu carro para a escola juntamente com a sua neta.
Voltou a ser quadro mas desta vez mais modesto e tranqüilo porque a lição ele aprendeu muito bem...



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Betimartins
 
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