Poemas : 

DOCE AMNÉSIA

 

Naquele tempo
Entardecia como voavam
As borboletas azuis...
E quando o zéfiro balançava
os ramos dos guamerins,
deixava cair aquelas frutinhas
vermelhas que tingiam
a boca das crianças
e espargiam no ar um perfum adocicado
quefoi se enfraquecendo, lentamente,
até se perder no tempo:
Pois as imagens da infância
nunca chegam inteitas a idade madura...
(Há sempre um esquecimento)

Bendita seja essa perda de memória,
que bloqueia tantas coisas
liberando apenas a brisa distante
mas que guarda ainda o perfume dos guamerins
e o encanto das borboletas azuis...
 
Autor
JBMendes
Autor
 
Texto
Data
Leituras
687
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
carolcarolina
Publicado: 08/09/2010 13:18  Atualizado: 08/09/2010 13:18
Colaborador
Usuário desde: 24/01/2010
Localidade: RS/Brasil
Mensagens: 9299
 Re: DOCE AMNÉSIA
Querido Poeta
Conterrâneo!

As lembranças de criança são as mais doces, então melhor é não lembrar para não sentir a famigerada saudade.

Bjinhos
♫Carol


Enviado por Tópico
GeMuniz
Publicado: 08/09/2010 14:32  Atualizado: 08/09/2010 16:56
Membro de honra
Usuário desde: 10/08/2010
Localidade: Brasil
Mensagens: 7283
 Re: DOCE AMNÉSIA
Tomara que estas lembranças de criança ternas e alegres façam parte de uma preparação para ao acesso à um estado de conciência mais pleno!

abraços poeta!