Poemas : 

O rio vai nu

 
O rio vai nu por entre as pernas
da mulher triste Madalena
que se entregou ao pregador
e se abriu como uma flor.

Era prostituta e era santa
seu corpo era um santuário
matava a fome aos pecadores
cheios de culpa por amor
uma espécie de calvário.

Quiseram atirar-lhe pedras
e isso era desculpa
para esconderem os vícios
que o corpo oculta na bonita roupa.

Mas houve um homem
que se entregou
aquela sua santidade
e com amor transformou
em virtude aquele pecado.

lobo

 
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lobodaescrita
 
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