Há um espaço vazio aqui neste meu peito,
Um resquício de luz de confrarias...
O pacato sol, que fez do meu leito,
A unanimidade burra e vazia...

Há uma concha no oceano,
Que em verde plano se agiganta,
Uma fronteira virginal do meu pecado;
Um lamento vivido e derrotado;
Há uma gota dentro do meu engano.

Há a tormenta dos grandes furacões!
A saudade que macula as ilusões,
O resgate mor dos meus sentidos,
A palavra amor, cantada ao ouvido...

A pele em terçã alquimia,
O Deus que ilumina minhas manhãs,
Haja então, minha voz rouca e temida,
Pra me guiar na intemperada vida,
Há de existir uma mulher em mim!

Pra me estender a mão junto a meu fim!

(Ana Sophia Diniz)
Brasil

 
Autor
ANA SOPHIA DINIZ
 
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