Sou filha da neve e do vento,
irmã do destino e da pouca sorte,
não sei se rumo ao sul ou ao norte,
vivo em constante tormento...
sou quem sofre sem ninguém notar,
aquela que em cima de um qualquer morro,
grita em silêncio por socorro...
aquela que chora, sem lágrimas derramar
sou de alguém a amada,
a insana, a atormentada,
a que procura e chama...com voz calada...
pobre alma tão amargurada,
ingénua ...tão perturbada...
sou aquela que busca a paz, a felicidade,
por não crer apenas na sorte...
a que acusam de insanidade...
a que não teme a morte
Fátima Rodrigues
«Escrevo para desabafar, sonhar ou me encontrar»