Poemas : 

hidromorfose V – das pálpebras das vagas

 
debate-se um sono escorrido
na pálpebra da vaga
gotejada na pestana da inércia
retinido vazo da retina

hidrólise na costa
murmurada na intermitência
das ondas respiradas na epiderme
estática

o acervo pestaneado dança
na quietude ecoada nos troncos
folhagem ritmada por rasgos
de luz apagada

a giratória de lemes auspicia
amenidades ancoradas à onda
cristalização de gotejados
sonhos acesos à maresia
 
Autor
Bruno Miguel Resende
 
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