Poemas : 

Direito de nascer-Neila Costa

 
Tags:  viver    nascer  
 



Sou o Ontem vestida no Hoje
que no Agora em que transponho
sentimentos em algo real do instante,
transcrevo o que sou ou quem fui
fora de hora.
Sou o Eu Vestida nas Horas,
que escorre pelos Minutos
e Segundos que se vão afora.
Neila Cos...

Open in new window

Open in new window




Ando envergonhada
Do mundo...
Com medo
De troadas,
Mortes
E ciladas.
Ando envergonhada
Do mundo...
Por atos
Profanos,
De homens
Insanos,
Desumanos...
Ao nascer,
Um Bebê tem por fado,
O amor de mãe
Negado
E o direito
De viver,
Arrebatado.
(Semi) morto,
É embrulhado em saco
Plástico... lixo...
Jogado.

Ando envergonhada
Do mundo...
Querendo subtrair
A cólera
Que circunda
A atmosfera,
Ou dele descer,
De vez,
Antes que sirva
De carne às feras.
Ando envergonhada
Do mundo...
Triste...
A Deus recorro,
Por leis rígidas
E coerentes,
Suplicando socorro
Por mim, por amigos
E parentes.
Ando envergonhada
Do mundo...
Sentada
À porta da vida,
Assistindo-a
Acontecer...
Com esperanças
De um novo
Alvorecer.
Mas, ao lembrar-te,
Mãe querida,
Repenso,
E me sinto feliz:
Só tenho a agradecer
Por me teres
Deixado nascer.

 
Autor
NCosta
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1697
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 29/05/2011 01:27  Atualizado: 29/05/2011 01:27
 Re: Direito de nascer-Neila Costa
UMA EXUBERANTE POESIA, SÃO IMCOMPRIENSSIVEIS MOMENTO DE UM INCONCIENTE, DE PURA INRESPONSÁBILIDADE, SER MÃE E TER A LUZ DIVINA, SOMENTE MARAVILHA DEIXO MEU ABRAÇO


Enviado por Tópico
carolcarolina
Publicado: 29/05/2011 20:54  Atualizado: 29/05/2011 20:54
Colaborador
Usuário desde: 24/01/2010
Localidade: RS/Brasil
Mensagens: 9299
 Re: Direito de nascer-Neila Costa
Amiga Poetisa
Neila!

Convido-a a ler um poema singelo que fiz falando exatamente o que fala, o direito de nascer.
Postei a alguns dias.
Belo o seu poema!
Bjinhos
Carol